OBSERVADORES DE PESCA

QUERES SER UM OBSERVADOR SEAEXPERT?

Requisitos gerais:

1) Formação em Biologia Marinha ou áreas afins;

2) Domínio da língua inglesa;

3) Passaporte válido por um período mínimo de 6 meses à data do embarque;

4) Conhecimentos de informática na óptica do utilizador;

5) Ter computador portátil próprio;

6) Domínio da técnica de amostragem biológica e de identificação de espécies;

7) Atestado médico de robustez física e psicológica;

8) Curso de sobrevivência básica no Mar – STCW;

9) Preferencial – Experiência de trabalho prévia na seaExpert como observador de pescas.

TIPOLOGIAS DE OBSERVADORES

  • Certificações:

1. Licenciatura, ou grau superior, em Biologia Marinha ou áreas afins;

2. Certificado de aptidão física e psicológica;

3. STCW

  • Qualificações:

1. Experiência de Mar, com preferência por embarques em actividades de pesca;

2. Conhecimentos sobre o meio da pesca e das suas comunidades;

3. Facilidade em compreender legislação e regulamentação específica.

O objetivo do Observador será assegurar um bom desempenho da actividade de pesca segundo as normas e regulamentos pré-estabelecidos, cumprindo um papel dissuasor de práticas ilegais ou contra a regulamentação existente. Para que sejam respeitadas as quotas, tamanhos mínimos de capturas, o bycatch, configurações e especificidades dos aparelhos de pesca, entre outros, é fundamental que exista uma excelente familiarização e domínio da legislação em vigor para com a actividade de pesca a ser monitorizada.

Este serviço utiliza Observadores de Pesca para monitorizar actividades de pesca costeira, do largo ou do alto, e não atribui qualquer autoridade ao Observador para impedir ou autuar sobre qualquer ilegalidade efetuada, limitando-se este a descrever e reportar o sucedido, normalmente no final da missão.

O serviço de monitorização pode compreender também a recolha de toda a informação que permita conhecer, em cada momento, a actividade da frota, as condições em que a actividade é realizada e os resultados dessa actividade, tanto em termos qualitativos e quantitativos como económicos ou sociais. Toda a informação recolhida serve de suporte à monitorização das boas práticas da pesca observada.

  • Certificações:

1. Licenciatura, ou grau superior, em Biologia Marinha ou áreas afins;

2. Certificado de aptidão física e psicológica;

  • Qualificações:

1. Experiência de Mar, com preferência por embarques em actividades de pesca;

2. Conhecimentos sobre o meio da pesca e das suas comunidades;

3. Domínio das mais diversas técnicas de amostragem para recolha e registo de dados.

Quando não é possível obter dados fiáveis em terra, é vital recorrer a outros métodos para o conseguir, como a Observação in situ. Este registo de dados, permite conhecer as zonas e épocas de postura, crescimento, fecundidade, migrações, entre outros, das espécies capturadas, sendo este registo crucial para os tipos de pesca com processamento de capturas (descabeçamento, filetes, etc). Para executar o serviço, são utilizados Observadores de Pesca para recolha de dados científicos das actividades de pesca costeira, do largo ou do alto.

     O registo de dados científicos compreende a recolha de toda a informação que permita conhecer profundamente a biologia e ecologia das espécies capturadas, a actividade de pesca a que são submetidas, amostras biológicas e a determinação de índices específicos para o estudo das relações pesqueiras com o meio ambiente e o ecossistema. Os dados recolhidos permitem assim estimar vários índices que por sua vez indicam o estado de saúde dos stocks de pesca e são fundamentais para o desenvolvimento da biologia pesqueira. Entre os índices mais importantes destaca-se o esforço de pesca, definido pela quantidade de aparelhos de pesca de um determinado tipo utilizados na arte por um período de unidade de tempo, como por exemplo as horas de arrasto por dia, o número de anzois usados por dia ou o número de lances diários. O esforço de pesca permite, por exemplo, determinar o rendimento máximo sustentável (MSY – maximum sustainable yield) ou os custos operacionais da actividade de pesca.

     O objectivo final é a recolha dados de qualidade, de forma coerente e no tempo ideal exigido pelos profissionais do sector, servindo de suporte ao conhecimento e às decisões necessárias para gestão pesqueira.

PROGRAMAS A DECORRER

Recrutamento, formação e coordenação das missões de embarque de Observadores de monitorização a bordo dos navios de pesca longínqua de pavilhão Português que operem na Zona de Regulamentação NAFO e NEAFC. Ao Observador compete monitorizar todas as atividades de pesca do navio, garantindo o cumprimento das normas definidas no âmbito de cada uma das Organizações Regionais de Pesca. Entre as diferentes funções do Observador, constam o registo da posição do arrasto, a medição da arte, quantificar e qualificar as capturas por lance, acompanhar o registo das capturas em Diário de Pesca, monitorizar tamanhos mínimos de espécies regulamentadas, quantificar o by-catch por lance, entre outras funções.

No decorrer de 11 anos da prestação deste serviço, foram cumpridas mais de 240 Missões de Observação, totalizando quase 23.000 dias de Mar. Para este efeito, realizaram-se 22 ações de formação, foram contratados mais de 150 Observadores, sendo 20% mulheres, com uma quota de Biólogos Marinhos na ordem dos 85%. Desta forma foram monitorizadas mais de 1 milhão de toneladas de pescado capturado.

Recrutamento, formação e coordenação das Missões diárias de embarque de Observadores para monitorização na pesca de Atum Rabilho pelas armações situadas no Sul de Portugal. O Observador garante a cobertura de 100% da atividade das armações desde a abertura da época de pesca até à data de encerramento da quota. A partir desse momento o Observador só acompanha as operações de levantamento do Atum Rabilho já estabulado. De entre as funções do Observador constam a quantificação das capturas em termos de peso e comprimento, o acompanhamento das operações de levantada da rede e a consequente estabulação de Atum, a recolha de dados científicos para o IPMA, entre outras.

Desde 2012 foram contratados 11 Observadores para a execução destas missões. Foram elaborados 48 relatórios em 2012, 166 em 2013 e mais de 300 em 2014. Desta forma foi garantida a cobertura da quase totalidade da quota de Atum Rabilho para Portugal nos últimos anos.