Valorização Biotecnológica de Macroalgas dos Açores com Interesse Comercial

Designação do projeto: Valorização Biotecnológica de Macroalgas dos Açores com Interesse Comercial

Duração: 36 meses

Enquadramento: 

A seaExpert, empresa fundada em 2003 na ilha do Faial, desenvolve grande parte do seu trabalho na área da consultoria de recursos naturais marinhos. Desde 2012 que a empresa se dedica à apanha comercial de algas autóctones dos Açores, com interesse para as indústrias nutracêutica, cosmética e similares. Dada a sua qualidade, as algas da seaExpert foram reconhecidas com alguns certificados – como a “Marca Açores” ou “Produção Biológica UE” – que valorizam o produto e fomentam as boas práticas da empresa nomeadamente no que respeita à defesa da sustentabilidade e biodiversidade dos recursos marinhos dos Açores. Actualmente, a actividade de apanha da seaExpert concentra-se em 8 espécies de macroalgas: Asparagopsis armata, Asparagopsis taxiformis, Pterocladiella capillacea, Cystoseira humilis, Halopteris scoparia, Sargassum vulgare, Treptacantha abies-marina e Zonaria tournefortii.

Apesar do conhecimento empírico adquirido sobre as diferentes espécies comercializadas, nomeadamente a sua ocorrência, época de desenvolvimento máximo e momento ideal de apanha, ainda pouco se conhece sobre as aplicações destas algas nas diferentes indústrias.

Este projeto pretende alargar o conhecimento sobre as espécies de algas comercializadas pela seaExpert, as suas bioactividades e potenciais aplicações biotecnológicas, promovendo assim o valor comercial destes recursos marinhos.

Objetivo geral: Fazer uma descrição aprofundada das características bioquímicas das espécies de algas comercializadas pela seaExpert, identificando compostos bioactivos com potencial interesse e aplicação em biotecnologia ou indústrias similares.

Objetivos específicos:

–  fazer a identificação taxonómica das principais algas comercializadas pela seaExpert, com recurso a ferramentas de “DNA barcoding”;

–  partilhar a informação genética obtida em bases de dados públicas (NCBI, BOLD, etc.);

–  analisar diferentes técnicas de manipulação e processamento das algas, de forma a identificar qual a estratégia que melhor preserva as características bioquímicas das espécies após a apanha;

–  caracterizar a composição química e o perfil bioquímico de cada alga;

–  elaborar fichas técnicas (TDS’s) com informação relevante sobre a composição química de cada alga;

–  fazer uma bioprospecção de compostos com propriedades antioxidantes, antibacterianas e outras bioactividades de interesse para as diferentes indústrias;

–  partilhar os resultados obtidos no projecto em conferências e comunicações de âmbito regional, nacional e internacional.