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Asparagopsis
De acordo com a FAO, o sector da pecuária é responsável por 18% do efeito global das alterações climáticas, sendo as emissões de metano por parte do gado ruminante um dos maiores contribuintes para este problema. Para além de se tratar de um gás extremamente potente, a quantidade de metano libertado para a atmosfera tem aumentado anualmente devido ao crescente número global de gado nas explorações agrícolas.
Na busca por suplementos de rações de origem natural para reduzir as emissões de metano por parte dos ruminantes, os cientistas depararam-se com um género de macroalgas vermelhas, Asparagopsis, que possui um elevado potencial para mitigar a produção de metano entérico, uma vez que produz altos níveis de bromoformo, um composto halogenado conhecido por inibir a metanogénese. Estudos publicados mostraram que a suplementação de 0,2% de Asparagopsis liofilizada à dieta das vacas reduziu a produção de metano até 98% e, simultaneamente, proporcionou um aumento de 42% de peso (Kinley et al., 2020).
Ambas as espécies estudadas Asparagopsis armata e Asparagopsis taxiformis são macroalgas não indígenas particularmente abundantes nos Açores (Atlântico NE) e que ocorrem em todas as nove ilhas do arquipélago, desde o intertidal em substrato rochoso até aos 40 m de profundidade.
A seaExpert encontra-se devidamente licenciada para a apanha destas espécies, trabalhando de forma séria e responsável para obter o mínimo impacto sobre o ecossistema marinho açoriano e, simultaneamente, fornecer um produto de elevada qualidade. A apanha é feita manualmente com recurso a mergulho com escafandro autónomo e de forma disseminada e dispersa nas épocas de maior abundância e biodisponibilidade, possibilitando a selecção dos melhores espécimes e evitando as capturas acessórias.
Nos últimos quatro anos, a seaExpert já forneceu Asparagopsis para oito
países, fazendo chegar as nossas algas a institutos de investigação,
universidades e empresas privadas, num esforço conjunto a nível mundial para encontrar uma solução viável no combate às alterações climáticas.
PROCESSAMENTO
De forma a garantir a qualidade das nossas algas, estas são cuidadosamente inspecionadas e limpas após a colheita para devolver ao mar qualquer captura acessória e, em seguida, transportadas para as nossas instalações onde são sujeitas a um dos seguintes métodos de secagem.
MÉTODOS:
LIOFILIZADA
Biomassa congelada processada com recurso à técnica de liofilização, que consiste na extração de água por sublimação, garantindo a conservação e aumento do tempo de prateleira da biomassa.
SECA AO SOL
Sendo o método mais comum de processamento,
a secagem ao sol é efetuada em estufas e garante uma secagem relativamente rápida e sustententável, recorrendo a energia 100% limpa.
SECA NO ESCURO
Com recurso a energia calorífica 100% renovável, a secagem é efetuada num ciclo único e contínuo, permitindo a preservação de todas as propriedades organolépticas e de compostos facilmente degradáveis pela luz solar.
FORMATO:
Uma vez seca ao sol ou no escuro, o cliente pode ainda optar por receber a biomassa no seu formato natural (inteira) ou triturada em diferentes granulometrias.